As vendas do comércio de Ribeirão Preto apresentaram queda de 1,14% em janeiro de 2019 quando comparadas ao mesmo mês do ano passado. É o que aponta a Pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (SINCOVARP). Entre as empresas pesquisadas, 57,4% consideraram janeiro de 2019 pior do que o mesmo período do ano passado, enquanto 31,9% apontaram o contrário e 10,7% disseram que foram equivalentes.
Para Marcelo Bosi Rodrigues, economista responsável pelo estudo, janeiro não costuma ser um período de grandes volumes de vendas para o varejo em geral. “Em 2018, o mês apresentou o melhor resultado do ano, portanto um volume de vendas mais difícil de ser batido, este pode ser um dos fatores que explica o número”, avalia.
Setorial – Entre os setores, cinco apresentaram quedas e quatro crescimentos, porém os índices negativos foram mais intensos que as elevações, empurrando a média para baixo. O pior resultado foi mostrado por Móveis (5,60%), seguido por Presentes (2,40%), Calçados (2,25%), Livraria/Papelaria (2,02%) e Ótica (1,53%). Com aumento nas vendas ficaram Vestuário (2,04%), Tecidos/Enxoval (0,80%), Cine/Foto (0,38%) e Eletrodomésticos (0,37%).
Empregos – Com relação ao emprego, no mês houve uma redução média no número de empregados de 0,63%. Entre as empresas entrevistadas, 91,6% declararam que não alteraram seus quadros funcionais em janeiro, enquanto 6,3% demitiram e 2,1% contrataram.
Por setores, as demissões ficaram por conta de Calçados, com redução de 6,25% em seus quadros, Livraria/Papelaria (1,08%) e Tecidos/Enxoval (0,85%). Somente Cine/Foto teve aumento no número de funcionários no período de 2,50%, os demais não apresentaram alterações nos quadros funcionais durante o mês.
Análise – “O ano mal começou e o novo governo já está a todo vapor. O ‘mercado’ está de olho, atento às aprovações das reformas, especialmente a da previdência, que terá forte impacto nas contas públicas e de todos os governos que estão por vir. É possível perceber que os ânimos da economia já estão mais otimistas, no entanto, ainda prevalece a cautela por parte dos agentes econômicos, tanto consumidores quanto empresários”, comenta Rodrigues
Segundo o economista, os números positivos ainda não deram as caras no comércio de Ribeirão Preto. “Mas as expectativas começaram a se tornar mais positivas e o cenário econômico parece menos ameaçador”, finaliza.