Dados do Caged, divulgados nesta quarta (23), mostram que criação de empregos teve o melhor resultado em Ribeirão desde 2013
O Ministério da Economia divulgou na manhã desta quarta-feira (23), o balanço final de 2018 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontou que foram criados 6,9 mil postos de trabalho em Ribeirão Preto durante todo o ano passado, mesmo assim, dezembro de 2018 apresentou queda na criação de empregos.
Ao todo, foram 96,2 mil admissões em Ribeirão Preto, ante 89,2 mil demissões. O setor que contribuiu para o maior crescimento na quantidade de contratações foi o de Serviços, que abriu 4,6 mil postos de trabalho durante o ano de 2018, especialmente na área da Saúde, com mais de 1 mil novos profissionais trabalhando.
Já o Comércio, que abriu 1,8 mil vagas de emprego com carteira assinada, e a Construção Civil, que contratou 569 novos trabalhadores, vieram em seguida.
“Ainda não dá para dizer que teve uma grande melhora, em relação aos últimos anos. O resultado de Ribeirão Preto ainda é muito atrelado ao que ocorre no resto do Brasil, o que não é ruim. É uma recuperação lenta ainda, pois o que gera emprego é o desempenho da economia, não tem jeito”, comentou o economista Luciano Nakabashi, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da Universidade de São Paulo (USP).
Esse é o melhor resultado para a criação de empregos com carteira assinada em Ribeirão Preto desde o ano de 2013, segundo o Caged. Naquela ocasião, mais de 7 mil postos de trabalho foram abertos na cidade.
Apesar do resultado positivo na criação de empregos formais no ano passado, dezembro foi na contramão das contratações, e fechou 566 postos de trabalho. Com a Construção Civil (-341 vagas) e a Indústria de Transformação (-284 vagas), como os principais vilões do mercado de trabalho. Serviços também demitiu mais do que contratou em dezembro (-38 vagas), e o Comércio apresentou resultado positivo (137 empregos criados).
“A questão da criação de empregos em dezembro é cíclica. É uma questão sazonal. Isso porque, as empresas costumam fazer as contratações entre os meses de agosto e setembro, para produção visando o final do ano. E, em dezembro, costuma ocorrer uma demissão grande. Mas, no geral, o que importa é o ano inteiro, e tem melhorado”, concluiu o economista.
O resultado negativo das contratações mês de dezembro já havia sido refletido nas vendas de final de ano, como foi apontado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp). Na última semana, a entidade havia divulgado um levantamento que mostrou que as vendas no comércio de Ribeirão Preto, no último mês do ano, havia apresentado queda.
De acordo com o Sincovarp, As vendas do comércio de Ribeirão Preto tiveram queda de 0,60% em dezembro de 2018 quando comparadas com o mesmo período do ano anterior, que teve variação positiva de 0,38%.
Fonte: A Cidade On