CRESCIMENTO DO Produto Interno Bruto (PIB) na Região Administrativa (RA) de Ribeirão Preto foi de 1,5% no ano passado, acima do índice nacional, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 1%
A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgou nesta segunda-feira, 16 de abril, estudo que aborda o desempenho da economia das regiões do Estado de São Paulo em 2017. De acordo com o levantamento, o Produto Interno Bruto (PIB) paulista cresceu 1,6%. Na Região Administrativa (RA) de Ribeirão Preto, que compreende a cidade-sede e mais 25 municípios, a alta foi de 1,5%, acima do índice nacional, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 1% no ano passado.
A região responde por 2,4% de toda a atividade econômica do Estado. O destaque de 2017 foi o setor de serviços, com crescimento de 1,9%. No entanto, os outros dois segmentos avaliados na pesquisa fecharam o ano no “vermelho”. A indústria encerrou o ano passado com retração de 0,3% e a agropecuária terminou em queda de 5,2%. A RA de Ribeirão Preto produziu riquezas com valor total de R$ 53,1 bilhões, o quarto mais alto do Estado sem contar as regiões metropolitanas da capital (R$ 1,10 trilhão) e de Campinas (R$ 371,8 bilhões).
Ribeirão Preto ficou atrás das regiões administrativas (RAs) de São José dos Campos (R$ 109,5 bilhões), Sorocaba (R$ 100,8 bilhões) e Santos (R$ 67,8 bilhões). A RA de Franca (com participação de 1,1%) esta em 10º lugar com PIB de R$ 22,8 bilhões. Fechou 2017 em queda de 0,5% – indústria cresceu 0,4%, mas registrou retração em serviços (-0,2%) e agropecuária (-12,7%).
Já a RA de Barretos (responsável por 0,7% da riqueza produzida no Estado) é a 12ª, com PIB de R$ 15,2 bilhões. Também fechou o ano passado em alta de 0,8% – destaque para os serviços (3,6%). A indústria caiu 7,8% e a agropecuária, 3,2%.
O aumento do PIB foi generalizado em quase todo o território paulista: das 16 regiões administrativas do Estado, 14 registraram desempenho positivo em relação a 2016, sendo que dez delas superaram o crescimento alcançado pela economia brasileira no mesmo período (1%). O PIB total de São Paulo passou de R$ 2,07 trilhões.
O incremento do PIB foi amplamente favorável às áreas mais industrializadas do Estado ou naquelas em que os segmentos fabris alavancaram seu nível de atividade, com destaque para as regiões de Marília (5,9%), Sorocaba (5,6%), Baixada Santista (3,5%), Campinas (3,1%) e São José dos Campos (2,2%). Fora desse contexto, destacam-se ainda as regiões de Registro, em razão das atividades de extração de petróleo e gás (crescimento regional de 6,5%), e a de Itapeva, influenciada pela agropecuária (avanço de 2,9%).
A área que compreende as RAs de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru, Central, Marília, Presidente Prudente, Araçatuba, Franca, Barretos e Itapeva, representando 14,4% da atividade econômica paulista, teve desempenho anualizado positivo (1,5%). Apesar da retração da atividade industrial nas regiões de Araçatuba (-11,5%) e Barretos (-7,8%) e da queda da agropecuária na maioria das RAs, com destaque para Franca (-12,7%), a área foi favorecida pelo crescimento de regiões importantes como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Central e pelo desempenho da Região Administrativa de Marília.
Na área que engloba as RAs de Santos e Registro – responsável por 3,5% da atividade econômica do Estado –, o PIB teve avanço de 3,8% em 2017. Esse crescimento está relacionado à indústria na RA de Santos (avanço de 5,7%), com destaque para os segmentos de refino de petróleo, metalurgia e petroquímica em Cubatão, e com o excepcional desempenho da indústria extrativa na RA de Registro, associado à extração de petróleo e gás no pré-sal no litoral paulista (ampliação de 13,3%).