Setor de Móveis e de Vestuário tiveram crescimento no período; segmento de Eletrodomésticos contratou e teve aumento no número de colaboradores de 0,59%
As vendas do comércio de Ribeirão Preto tiveram queda média de 1,95% em junho, quando comparadas com o mesmo período do ano passado. É o que aponta a Pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (SINCOVARP). Entre as empresas entrevistadas, 58,3% declararam que as vendas de 2018 foram piores do que as do ano passado, enquanto 39,6% disseram o contrário e para 2,1% das consultadas foram equivaleram nos dois períodos.
Setorial – Entre os setores, sete, dos nove pesquisados, apresentaram quedas. O pior resultado foi de Livraria/Papelaria, com redução nas vendas de 6,08%, seguido por Ótica (4,37%), Calçados (4,17%), Presentes (2,57%), Cine/Foto (1,73%), Eletrodomésticos (1,40%) e Tecidos/Enxoval (0,40%). Os segmentos que tiveram crescimento foram Móveis (1,78%) e Vestuário (1,43%).
Empregos – Com relação aos postos de trabalho, foi apurada uma retração de 0,79% em junho. Entre as empresas avaliadas, 91,6%, declararam, que não alteraram o número de funcionários, enquanto 6,3% demitiram e 2,1% contrataram. Entre os setores, Calçados, Presentes e Livraria/Papelaria reduziram seus quadros, respectivamente em 6,25%, 0,73% e 0,69%. Já o de Eletrodomésticos admitiu, apresentando elevação de 0,59% no número de colaboradores.
Modalidade de Pagamento – Com relação às modalidades de pagamentos utilizadas no comércio, o cartão de crédito continua sendo o preferido, responsável por 54,16% de todas as transações realizadas, seguido pelas vendas à vista (34,39%) e, as a prazo (11,45%), com cheques pré-datados ou carnês.
A área com maior utilização de pagamentos com cartão de crédito foi Cine/Foto (65,00%). As vendas à vista ficaram com Livraria/Papelaria (46,66%) e, as a prazo, com Móveis (19,00%).
Análise – Segundo Marcelo Bosi Rodrigues, economista responsável pelo estudo, o resultado de junho foi mais um banho de água fria para o comerciante de Ribeirão Preto, que começou o ano cheio de esperanças de aumentar suas vendas e tem visto essa expectativa cair por terra a cada mês. “Esse foi o quinto consecutivo com resultado negativo após os pequenos aumentos apresentados em dezembro de 2017 e janeiro deste ano. De maneira geral, o que se observa é que há uma grave crise de confiança na economia, além é claro, do alto índice de desemprego que se mantém no país. É nítida a insegurança por parte do consumidor, indo às compras com muita cautela e preocupado em não fazer grandes dívidas”, explica.
“Com o fim da Copa do Mundo, todas as atenções se voltam para a eleição e a grande dúvida passa a ser: em quem votar? O que se espera é que depois do pleito o país fique melhor do que está”, finaliza Rodrigues.